terça-feira, 1 de setembro de 2009

Sobre...Boas Práticas Empresariais

Na actual realidade empresarial, caracterizada pela extrema competitividade e volatilidade dos clientes, a Empresa deve procurar identificar uma Cultura Empresarial que seja convergente e que concentre os esforços dos seus Quadros Directivos e Colaboradores no sentido da construcção de uma Identidade forte, dinâmica, envolvente e capaz de revelar uma imagem de eficiência. Assim, há algumas questões, às quais toda a atenção dispensada nunca será demasiada.
Focalização nos objectivos

Uma Empresa, com base na sua Missão e Visão, deve conseguir, internamente, focalizar os seus colaboradores nos objectivos definidos. Estes objectivos devem ser perfeitamente realizáveis e entendidos pelos colaboradores, sendo, preferencialmente, segmentados departamentalmente, de forma a assegurar que cada um compreenda a relevância de atingir os seus objectivos particulares para a prossecução do objectivo maior, sendo esse o Objectivo Corporativo da Empresa.
Se cada colaborador for capaz de assimilar e compreender os seus objectivos, os objectivos da Empresa serão perfeitamente atingidos, de forma harmoniosa e natural.
Necessariamente, compete às estruturas de topo estabelecer os padrões e evidenciar a postura que conduza à forma de atingir os objectivos definidos. A velha máxima “O exemplo tem de vir sempre de cima”, não só se aplica como se reveste de capital importância.

Uma Empresa, um discurso, uma postura

A formação ao nível do discurso e da postura, seja nas relações internas ou externas, reveste-se de importância fulcral, sempre que se pretende atenuar ou diminuir a exposição das fragilidades da Empresa, concentrando atenções na solidez da imagem que se transmite ao mercado e na responsabilização de cada colaborador. A noção de que cada qual tem a sua própria concepção da vida da Empresa e que as suas tarefas resultam da reacção a necessidades emergentes, ao invés de resultarem da planificação de um fluxo de trabalho estratégicamente alinhado, pode resultar na total desresponsabilização de toda a estrutura em relação às normas de conduta profissional. Para o mercado, uma postura e um discurso alinhados transmitem a imagem de uma saudável solidez e confiança acrescida nas relações comerciais que, per se, resultam em melhores negócios.

Regulamentação de relações internas

Em primeira análise, um Manual de Conduta Interna constitui a ferramenta base na regulamentação de relações internas. Este deve ser um documento claro, sem margem a interpretações criativas e que defina, de forma transversal à Empresa, os comportamentos desejáveis. Ainda assim, deve ser considerada a necessidade de formar os colaboradores na forma mais correcta de pôr em prática a conduta desejada. Esta necessidade deriva do facto de não se dever assumir que o simples facto de algo estar escrito signifique a sua imediata implementação. Adicionalmente, não deverá ser negligenciada a actualização deste documento, reflectindo correcções que se verifiquem necessárias assim como, o acompanhamento da evolução da realidade da Empresa, dos Clientes e do Mercado onde a sua actividade se insere.

Regulamentação de relações externas
Da mesma forma como as boas práticas e a conduta interna são fundamentais para o sucesso, é igualmente verdade que a existência de um Manual Regulador de Relações Externas é decisiva na garantia de relações sólidas com todas as entidades com as quais a Empresa deve interagir. Estas entidades deverão ser alvo de diferenciação no que diz respeito aos interlocutores designados, tratando-se de Clientes, Fornecedores e Institucionais que, embora partilhem necessidades comuns, têm, igualmente, particularidades que não devem ser obviadas. Assim, um departamento comercial sempre disposto a escutar os Clientes e sempre em diálogo com os Fornecedores e, finalmente, quadros directivos atentos à realidade social do meio envolvente podem constituir-se como mais-valias capazes de conduzir a Empresa a um lugar de destaque nos diversos quadrantes.
Política de Qualidade
A Política de Qualidade deve ser baseada em compromissos e orientações objectivas. Deve, igualmente, orientar-se por critérios que visem o desenvolvimento de novas soluções, capazes de gerar vantagens competitivas, integrar diferentes tecnologias e potenciar sinergias positivas junto dos seus Clientes. A manutenção de uma relação estável, permanente e de mútua e crescente confiança em todas as vertentes de actuação da Empresa deve ser um compromisso, assumido por esta, junto de todos os seus interlocutores. A criação de um ambiente de valorização, desenvolvimento e segurança profissional deve ser um outro compromisso que importa que a Empresa assuma perante os seus Colaboradores.
Os quadros directivos devem assumir estes compromissos, procurando solidificar e incrementar a qualidade dos seus processos, a abrangência dos seus produtos e serviços bem como, dotar, de forma indelével, a Empresa de todos os meios possíveis e necessários para a desejável superação dos compromissos declarados.
Responsabilidade Social

A empresa deve reconhecer que tem responsabilidades para com a sociedade, que esta última tem expectativas que necessitam de ser geridas e que são possíveis pontos de equilíbrio entre todos os grupos de interesse. É justamente nesse equilíbrio que pode ser gerado valor para a Empresa, colaboradores, clientes, parceiros e sociedade civil.
Nos últimos anos tem sido possível verificar um enfoque da Política de Responsabilidade Social nas mais diversas áreas do Conhecimento, Arte, Cultura, Saúde, Desporto e Meio Ambiente, sendo todas estas boas escolhas como áreas de intervenção em que é viável tirar proveito de ampla cobertura, por parte dos mais diversos meios de comunicação social, adicionando exposição mediática e prestígio à Empresa.

Verificação de efectividade

Projectada a estratégia e definidas as medidas a implementar no cumprimento dos objectivos desejáveis, é necessário considerar as formas de verificação da efectividade dos processos adoptados.
Para além da indispensável supervisão dos quadros directivos, a realização de inquéritos, internos e externos, são uma boa forma de conseguir medir a satisfação e obter feedback sobre os resultados práticos das medidas implementadas. Estes inquéritos devem ser disponibilizados em ferramentas intuitivas e fáceis de utilizar, como a internet e a intranet, e, obrigatoriamente, muito objectivos, curtos e de resposta relativamente fechada. Devem, igualmente, oferecer a possibilidade de anonimato e, acima de tudo, evidenciar a sua relevância na melhoria dos processos da Empresa. Tendo em conta que se pretende fomentar a participação massiva dos seus diversos destinatários, após o periodo de inquérito, análise e retirada de conclusões, é necessário que sejam perceptíveis, para todos os participantes, as ilações e demais leituras dos resultados.

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